Governo propõe Lei inovadora para combustíveis sintéticos e sustentabilidade ambiental.

O atual governo, propôs um projeto ambicioso para transformar o cenário energético do Brasil.

Em setembro, foi enviado ao Congresso Nacional o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, que visa uma transição significativa para fontes de energia mais sustentáveis. O plano, que prevê um investimento de R$ 250 bilhões, tem como objetivo central reduzir a dependência do país em combustíveis fósseis e diminuir a emissão de gases causadores do efeito estufa.
Dentro deste pacote de medidas, uma das mais notáveis é a introdução de um marco regulatório para os combustíveis sintéticos no Brasil.

Esses combustíveis, já em produção em pequena escala por empresas como a Petrobras, representam uma alternativa inovadora ao petróleo. Conhecidos como e-fuel, eles são fabricados a partir de hidrogênio e dióxido de carbono, este último sendo um dos principais contribuintes para o efeito estufa.

A vantagem do e-fuel reside não apenas em seu processo de produção mais sustentável, mas também na sua compatibilidade com a infraestrutura de abastecimento existente. Além disso, esse combustível pode ser produzido tanto na forma de gasolina quanto de diesel, sem necessidade de adaptações significativas nos motores que atualmente utilizam versões fósseis desses combustíveis.

Apesar de emitir poluentes como a gasolina convencional, o e-fuel oferece um benefício adicional: a capacidade de neutralizar o carbono emitido durante sua queima. Isso é possível porque sua produção envolve a captura de dióxido de carbono da atmosfera, um processo semelhante ao que ocorre com o etanol. Para garantir essa neutralização efetiva, é crucial que a fabricação do e-fuel seja alimentada por fontes de energia limpas e renováveis, como hidrelétricas, eólicas e solares, conforme explicado pelo engenheiro Everton Lopes.

Esta iniciativa representa um passo significativo para o Brasil na luta contra as mudanças climáticas, alinhando-se com esforços globais para um futuro mais verde e sustentável.

Autor/Veículo: Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis).